A Tristeza Parasitária é o termo usado para o complexo Babesiose (Babesia bovis e B. bigemina),+ Anaplasmose (Anaplasma marginale). Carrapatos e moscas hematófagas são vetores que transmitem a doença em bovinos.
Essa enfermidade está presente no cotidiano das propriedades leiteiras e de corte, portanto é necessário conhecer a epidemiologia, controle, prevenção e seu tratamento para evitar perdas econômicas.
Sinais clínicos:
– Mucosas ocular e vaginal: ictéricas ou pálidas
– Animal prostrado: depressão
– Aumento de FR e FC
– Pêlos arrepiados
– Anorexia
– Febre
Exames laboratoriais:
– Hemólise -> Anemia grave
– Hemoglobinúria
– Icterícia
* Para fechar diagnóstico, é recomendado fazer esfregaço sanguíneo com coleta de sangue periférico.
Valores de referência:
Espécie | Hemoglobina (g/dL) | Hematócrito (%) |
Bovina | 8 – 15 | 24 – 46 |
Fique atento!
Nem todo carrapato é portador de Babesia spp. mas basta que um esteja infectado para contaminar um bovino.
Como prevenir a doença no rebanho?
– Colostragem para adquirir Anticorpos
– Suplementação alimentar
– Utilização correta de carrapaticidas
– Rotação de Pastagens
– Monitoramento de Hb e Htc.
Quais os impactos econômicos com a manifestação da doença?
Estima-se que mais de 75% da população bovina mundial é acometida por carrapatos.
Menor ganho de peso: até 13,5 kg de peso vivo.
Perdas na produção de leite: até 90,2 Litro/vaca
Aborto: até ⅓ em animais com Babesiose ssp. em fase avançada de gestação
Mortalidade: até 50% de mortalidade em animais infectados com TPB
Morbidade: Até 30% em alguns rebanhos infectados com TPB.
Outros: queda na taxa de prenhez, baixo valor na venda de couro, custo de descarte do leite, etc.
Fonte: Spath et al., Reassessment of the potential economic impact of cattle parasites in Brazil. Braz. J. Vet. Parasitol., Jaboticabal, v. 23, n. 2, p. 150-156, abr.-jun.1994.