A leptospirose é uma doença de curso agudo à crônico, de caráter zoonótico, afetando diversas espécies de animais domésticos e silvestres e, de forma acidental, os seres humanos. É uma enfermidade causada por bactérias do gênero Leptospira. São encontradas distribuídas no meio ambiente, mantendo-se em vida saprofítica. É um importante problema de saúde pública relacionado principalmente a características sócio-econômicas, a enchentes e com aspectos ocupacionais.
EPIDEMIOLOGIA e TRANSMISSÃO
Nos centros urbanos, o rato de esgoto (Rattus norvergieus) é considerado o mais importante transmissor desta zoonose ao homem através da urina. Tem como característica marcante o aumento de sua incidência durante os períodos de chuva, expondo milhares de pessoas ao risco de infecção quando da ocorrência de enchentes.
Na zona rural, as características do ambiente e a presença de roedores e animais silvestres (mamíferos, aves, répteis e anfíbios) portadores ou reservatórios de leptospiras assumem grande importância na transmissão da leptospirose para as espécies produtivas (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, eqüinos e suínos).
As leptospiras penetram no corpo pela pele, principalmente por ferimentos e também pela pele íntegra, imersa por longos períodos na água ou lama contaminada. Os animais infectados podem eliminar a bactéria através da urina durante meses, anos ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovar envolvido.
ASPECTOS CLÍNICOS
Nos bovinos a leptospirose é descrita tanto nas formas aguda, subaguda e crônica causando uma mastite atípica de início súbito com queda na produção leiteira e distúrbios reprodutivos. Na espécie suína os transtorno reprodutivos também são os principais sintomas. Para os bubalinos, são descritos sintomas como icterícia, febre e abortos. Em ovinos é tida como de baixa freqüência, sendo estes considerados como hospedeiros acidentais. No cães, a leptospirose assume um caráter de doença aguda, levando a quadros severos da doença com febre alta, icterícia, insuficiência renal, vasculite generalizada grave, lesão entérica entre outras. Nos eqüinos há relato de animais com mialgia, fraqueza, febre e abortos.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da leptospirose deve se basear fundamentalmente nos achados clínicos, sorológico, e na detecção e isolamento do agente. O exame laboratorial mais comumente realizado na rotina diagnóstica é a aglutinação microscópica rápida (AMR). A confirmação definitiva da infecção é baseada na presença do microrganismo ou dos anticorpos específicos. São utilizados ainda os testes de ELISA e biologia molecular viabilizando o diagnóstico rápido e sensível em muitos casos que outras provas seriam inviáveis.
PREVENÇÃO E CONTROLE
As medidas de prevenção e controle devem ser direcionadas aos reservatórios, a melhoria das condições de proteção dos trabalhadores expostos e das condições higiênico-sanitárias da população, e as medidas corretivas sobre o meio ambiente, diminuindo sua capacidade de suporte para a instalação e proliferação de roedores.
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REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. –Brasília : Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/fevereiro/06/guia-vigilancia-saude-atualizado-05-02-15.pdf
Acesso em 27/09/18
Revista de Educação Continuada do CRMV-SP / Cantinuous Educarion Jaumal CRMV-SP.
São Paula, volume 2, p. 52 – 58. 1999
Portal do Ministério da Saúde http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/leptospirose
Acesso em 27/09/18