Em rebanho leiteiros, as doenças metabólicas do período de transição vem ganhando cada vez mais importância no cenário brasileiro. A cetose subclínica e a hipocalcemia subclínica são exemplos de distúrbios que se destacam nesse período.
Estudos recentes demonstram que essas doenças têm causado prejuízos financeiros, produtivos e reprodutivos, e o pior, de forma silenciosa, já que seu caráter subclínico é mais prevalente que o clínico.
A cetose subclínica no Brasil, segundo (Souza et al. 2015), pode chegar a acometer 80% do rebanho leiteiro e a hipocalcemia subclínica pode chegar a acometer 50% do rebanho.
Os impactos gerados por essas doenças são extremamente relevantes, podendo afetar até mesmo a lactação seguinte.
Os custos associados às doenças incluem:
Alguns estudos demonstram que (GONZÁLEZ; CORRÊA; SILVA, 2014):
Uma vaca com hipocalcemia subclínica (valores séricos de cálcio menor que 2,0mmol/L) tem : (Chapinal et al. 2011):
Em suma, conhecer o real status dessas doenças dentro do rebanho é crucial para o sucesso. A cada dia a evolução genética dos animais e o aumento da produtividade exige um cuidado muito maior por parte dos produtores e técnicos. Animais altamente produtivos trazem grandes desafios.
Chapinal N., Carson M., Duffield T.F., Capel M., Godden S., Overton M., Santos J.E.P. & LeBlanc S.J. 2011. The association of serum metabolites with clinical disease during the transition period. J. Dairy Sci. 94:4897-4903.Referências bibliográficas:
González, F. H. D.; Corrêa, M. N.; Silva, S. C. (2014) Transtornos Metabólicos nos Animais Domesticos. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 155-167.
SOUZA, R.C. et al. Blood ketone bodies incidence and concentration from intensively housed early – lactation dairy cows in Brazil. Journal of Animal Science, Champaign, v.93, n. 3, p. 16, 2015.